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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tolices




A tolice em nós humanos é o defeito que salta, excede, supera-se em relação a tantas outras imperfeições que nos constituem. O tolo age à mercê da inocência irracional e de um conhecimento pretensioso.

O humano por si ama cosias fúteis, estabelece facilmente um relação de extremo sentimentalismo com coisas que não cumprem o que o termo mutualidade significa em uma relação, pergunte-se como um carro pode despertar um apego tão vivo quanto um amor correspondido.

A futilidade que faz os tolos age de forma a aprisioná-los em relações esquisitas, colecionadores apegam a moedas, selos, discos de vinil, outros tantos zelam doentiamente pelas coisas que possuem privando-se do prazer de usá-las para conservá-las, outros se apegam a objetos que não podem deixar de ser usados devido à sorte que trazem, relações essas onde a troca é unidirecional ou em sentido algum.

Muitos gastam boa parte da vida com lamurias e lagrimas impróprias, sofrem com as mínimas perdas e guardam ressentimentos e magoas que deixam a vida mais que pesada. Se és tolo reconciliações são desconhecidas, apertos de mão impossíveis e até um abraço mesmo que aquele travado não pode ser feito por que tolos não sabem calcular o preço do ato de perdoar, ficam a expor velhas feridas de forma que nem mesmo o tempo as cura.

Tolos contentam-se com uma bela embalagem, preferem recados a palavras ditas com uma voz honesta. Para eles bons presentes são aqueles que os encha a vaidade, que os deixem entorpecidos pelo falso brilho que transmitem, os presentes de que realmente necessitam são dispensáveis, trocam facilmente um bom conselho por um perfume, e ficam assim com o olfato satisfeito e a visão sem destino.

E assim continuaremos a ver que tolos ao invés de educar suas crianças com boas histórias, com um sono embalado pelo colo maternal, através de brincadeiras que despertem o sorriso ao colorir um simples desenho, pelo quase gol, pela vertiginosa sensação das brincadeiras de roda, preferem criá-las sobre rabiscos de desenhos japoneses e sobre a estupidez gritante dos teletubbies. A espécie perpetua-se de geração em geração, os tolos educam tolos.

1 ALGO A DIZER?:

Unknown disse...

esse meu namorado, sei nao viu!
adoro esse texto.

Observando o Tempo

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