Escrevo sobre amor em papel-de-bala
Minha poesia é pobre não merece papel vergê
Mas o seu amor se foi?
Não, o amor ficou
Ficou incomodando
Pedindo uma poesia
Suplicando uma declaração
Matando-me de inspiração
Como depois de alguns outonos, sempre sobra um papel-de-bala
Escrevi desalinhadamente
Delicadamente formei versos
O papel é fino, não há rima
O espaço é curto, apelei para a métrica
Um espaço no final,
Fiz uma silenciosa dedicatória:
Ao amor que fez-me livre e poeta.
Não assinei
Meu amor sabe reconhecer meus versos
Sei que não espera encontrá-los retorcidos, um tanto amassados
Mas esse amor que falo
Ficará feliz ao entender:
Só o amor vivido intensamente pela alma cabe em um simples papel-de-bala.
2 ALGO A DIZER?:
Sempre gosto muito do que você escreve. É simplista, cotidiano, se faz entender. Nesse poema, em especial, é fantástica sua percepção de mensuração do amor. Papel de bala, amigo, para todos nós!
Abraços.
Poxa...escrevi uma poesia e cito " poesia em papel de bala",hoje resolvi ver no Google se tinha algo parecido e achei você...desculpe, nem conhecia,mas amei sua poesia.
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